e temos agora a responsabilidade
de sermos nós
nesse mundo de escolhas
e articulações
condenados ao chão como a árvore
nos faltando por dentro
a misericórdia com o inalcançavél
e temos agora a responsabilidade
pelo anjo drogado que pede esmolas
pelo bêbado que soletra o neon
ritmo cardíaco alterado
arranha-céu que vem ao chão
um teto sobre nossas cabeças
pende, demente e pesado
como tampa de baú
delimitando nosso presente, passado
nosso futuro sem ponto parágrafo
no limo de nossas vidas
um colapso em nosso julgamento crítico
e o trajeto colonizado nos definha
como a cigarra que canta contra a morte
e ao mesmo tempo pra ela caminha