Os importados são melhores que os nossos

Que o Brasil é refúgio de bandidos e personas non gratas, já é sabido desde os anos da colonização portuguesa, mas a decisão (solitária) do ministro da justiça Tarso Genro em conceder refúgio político ao terrorista Cesare Battisti, pode arranhar de forma irreversível as relações com a Itália. A convocação do embaixador italiano por parte de seu governo para consultas é um indício de que a diplomacia não anda nada bem. Preso e mantido no bem-bom pelo governo brasileiro, Battisti recebeu esse benefício daquele que supostamente deveria ser o representante da justiça exercida por um governo que se veste de democracia. Tarso “atropelou” o julgamento do STF, previsto para este semestre, presenteou o assassino e enterrou as esperanças de familiares das vítimas do terrorista. As pessoas que ele feriu e que vão estar em cadeiras de roda para o resto de suas vidas, certamente também não estão satisfeitas com nosso ministro. Com isso, nós também teremos que sustentar mais esse meliante com o nosso dinheiro. Certamente ele viverá melhor do que 80% dos brasileiros simplesmente por ser de esquerda e tratar-se de um simpatizante por parte do governo. Contraditoriamente, o CONARE (Comitê Nacional para Refugiados Políticos), órgão que consta no organograma do ministério da Justiça, negou ao condenado em novembro de 2008 a condição de refugiado.
Battisti, que nega os crimes, fugiu para o Brasil, e foi encontrado no Rio, onde se divertia com prostitutas com dinheiro de organizações de esquerda. Esse antigo militante da organização radical Proletários Armados pelo Comunismo (cada um tem o PAC que merece) viveu por mais de 12 anos sob a proteção do governo socialista de François Mitterrand e agora quer se esconder no “aparelho" do Planalto. O governo está fazendo valer uma lei criada em pleno regime militar, que na verdade é uma brecha ainda existente na nossa legislação e foi criada para proteger ditadores de direita numa época em que a América Latina estava sendo governada por generais. Foi a mesma brecha usada para proteger o general Alfredo Strossner, ditador paraguaio de direita que protegeu vários nazistas em seu país e se exilou no Brasil até a sua morte.
Considerado como "intelectual e político" por parte da esquerda brasileira, Battisti não recebeu o mesmo tratamento que os boxeadores cubanos Guilhermo Rignondeaux e Erislandy Lara, que abandonaram a Vila Olímpica do Rio, no decorrer do Pan e ao solicitarem asilo foram repatriados rapidamente à Cuba. O STF ainda vai julgar a causa de Battisti, que aguarda em uma penitenciária de Brasília. Enquanto isso, colecionamos mais uma vergonha junto à comunidade internacional e um insulto ao nosso sistema de Justiça, à guisa de proteger um criminoso que nem mesmo nos pertence.