Não satisfeito em ter entrado para a história como o presidente que mais criou Ministérios (24), Lula determinou a instalação de mais um cabide de empregos: o Ministério da Pesca. Bom, 24 ministérios se não levarmos em conta as 15 Secretarias cujos titulares das pastas têm status de ministro. O novíssimo Ministério da Pesca, antes Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), não passou pela aprovação do congresso e foi criado através de medida provisória. Diga-se de passagem, uma das características do governo de Lula, que nos faz lembrar o bizarro período ditatorial.
Sendo assim, vem aí um trem de cargos com funções gratificadas, visto que os 200 funcionários da secretaria passarão a ser, no ministério, 400 servidores. Em ano de eleição é uma boa moeda de troca nas mãos do governo que também tratou de dobrar o orçamento anual da pasta de R$ 250 milhões para R$ 500 milhões. O novo ministério terá superintendências em cada Estado, e esses cargos são sempre indicações políticas atreladas à base aliada do governo.
O titular da pasta, ministro Altemir Gregolin, considerou a transformação da secretaria em ministério como um "momento histórico", mas não apresentou nenhum dado relevante sobre o trabalho da mesma enquanto Secretaria. Muito estranho essa falta de dados a apresentar, já que como é de conhecimento público todo pescador é um contador de histórias em potencial. Mas podemos dar um desconto ao ministro, levando-se em conta que “a pesca é inimiga da perfeição”, já que Gregolin, acusado de envolvimento no escândalo dos cartões corporativos, ainda não explicou bem sua alegação de que as despesas foram feitas em “eventos de trabalho”. Esse negócio de que pescar relaxa é verdade, pois o novo ministro não está nem aí para as conseqüências das acusações.
Lula considerou "uma vergonha” o fato do Brasil, com 8 mil quilômetros de costa e 190 milhões de habitantes, só pesque 1 milhão de toneladas de peixe por ano. O senhor está certo presidente! O Peru pesca nove vezes mais e o Chile, que tem uma população de apenas 13 milhões de habitantes pesca o dobro. Mas seis anos e meio depois da posse do primeiro mandato, o senhor identificou que precisava de um novo ministério? E por meio de medida provisória? Muito estranho...
Ora, como conseguir entender os critérios que o governo usa para transformar um serviço público federal num balcão de empregos? Principalmente para nós, cidadãos comuns, que carregamos nas costas a mais pesada carga tributária do planeta, a ponto de fechar 2008 pagando mais de R$ 1 trilhão em impostos.
E qualquer analista irá concordar que, independente dos resultados, trata-se de um péssimo gerenciamento, um governo que herda uma máquina pública com 17.800 cargos, e eleva este número em 10 vezes num espaço de 66 meses.
Não adianta investir em um astronômico aparelhamento da máquina administrativa enquanto não há injeção de verbas em infra-estrutura. Faltam terminais pesqueiros públicos, grandes reservatórios para cultivo em cativeiro e linhas de crédito para modernização dos navios pesqueiros. Isso não se resolve com pessoal e sim com estratégia de governo.
Revoltante é saber que este trem-da-alegria de altos salários e de funcionários nomeados sem concurso, do qual somos peixe fora d’água, é movido por impostos pagos por nós. E convenhamos presidente Lula, se para tudo que considerarmos “uma vergonha” neste país, fosse criado um ministério, Brasília seria pequena.
E para o petista Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara dos Deputados, um dos críticos à edição da Medida Provisória que transformou a Secretaria em Ministério fica um alerta: as más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro.
Sendo assim, vem aí um trem de cargos com funções gratificadas, visto que os 200 funcionários da secretaria passarão a ser, no ministério, 400 servidores. Em ano de eleição é uma boa moeda de troca nas mãos do governo que também tratou de dobrar o orçamento anual da pasta de R$ 250 milhões para R$ 500 milhões. O novo ministério terá superintendências em cada Estado, e esses cargos são sempre indicações políticas atreladas à base aliada do governo.
O titular da pasta, ministro Altemir Gregolin, considerou a transformação da secretaria em ministério como um "momento histórico", mas não apresentou nenhum dado relevante sobre o trabalho da mesma enquanto Secretaria. Muito estranho essa falta de dados a apresentar, já que como é de conhecimento público todo pescador é um contador de histórias em potencial. Mas podemos dar um desconto ao ministro, levando-se em conta que “a pesca é inimiga da perfeição”, já que Gregolin, acusado de envolvimento no escândalo dos cartões corporativos, ainda não explicou bem sua alegação de que as despesas foram feitas em “eventos de trabalho”. Esse negócio de que pescar relaxa é verdade, pois o novo ministro não está nem aí para as conseqüências das acusações.
Lula considerou "uma vergonha” o fato do Brasil, com 8 mil quilômetros de costa e 190 milhões de habitantes, só pesque 1 milhão de toneladas de peixe por ano. O senhor está certo presidente! O Peru pesca nove vezes mais e o Chile, que tem uma população de apenas 13 milhões de habitantes pesca o dobro. Mas seis anos e meio depois da posse do primeiro mandato, o senhor identificou que precisava de um novo ministério? E por meio de medida provisória? Muito estranho...
Ora, como conseguir entender os critérios que o governo usa para transformar um serviço público federal num balcão de empregos? Principalmente para nós, cidadãos comuns, que carregamos nas costas a mais pesada carga tributária do planeta, a ponto de fechar 2008 pagando mais de R$ 1 trilhão em impostos.
E qualquer analista irá concordar que, independente dos resultados, trata-se de um péssimo gerenciamento, um governo que herda uma máquina pública com 17.800 cargos, e eleva este número em 10 vezes num espaço de 66 meses.
Não adianta investir em um astronômico aparelhamento da máquina administrativa enquanto não há injeção de verbas em infra-estrutura. Faltam terminais pesqueiros públicos, grandes reservatórios para cultivo em cativeiro e linhas de crédito para modernização dos navios pesqueiros. Isso não se resolve com pessoal e sim com estratégia de governo.
Revoltante é saber que este trem-da-alegria de altos salários e de funcionários nomeados sem concurso, do qual somos peixe fora d’água, é movido por impostos pagos por nós. E convenhamos presidente Lula, se para tudo que considerarmos “uma vergonha” neste país, fosse criado um ministério, Brasília seria pequena.
E para o petista Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara dos Deputados, um dos críticos à edição da Medida Provisória que transformou a Secretaria em Ministério fica um alerta: as más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro.